Projetores high end (existem diferenças?)
De todos os nossos sentidos, com certeza a visão é aquele que julgamos o mais importante, o mais indispensável, não imaginamos nossas vidas sem ela.
Naturalmente, do ponto de vista musical/emocional é a audição o sentido soberano, especialmente para os melômanos e audiófilos, pois é este que nos permite sentir e sonhar como quando estamos ouvindo uma música que nos é particularmente tocante ou bela, muitas vezes com os olhos fechados, para sentirmos melhor o som e mergulhar na interpretação ainda mais…
Mas experimentemos, em um desatino sádico, perguntar a uma pessoa qualquer qual o sentido que lhe é primordial, o mais útil e essencial para a sua vida, o último que aceitaria abdicar, e a resposta será quase unânime: a visão!
E se este é o nosso sentido mais caro, aquele o qual não podemos prescindir, que está tão presente em nossas vidas real e virtual, em telas de computadores, em tablets, celulares, nas TVs e projetores de nossas casas, por que vemos tantas vezes, em tantos sistemas, equipamento de áudio de ótima qualidade e desempenho, escoltados por caixas acústicas excelentes, enquanto na parte de vídeo encontramos projetores medíocres, equipamentos emprestados do segmento corporativo fazendo o papel principal, ou seja, o de formar e apresentar imagens na tela grande?
Enquanto hoje é difundido e aceito, principalmente entre os mais leigos, de que as caixas acústicas são os elementos principais para uma excelente reprodução de áudio, proporcionalmente muito menos consumidores e mesmo profissionais do ramo reconhecem ou entendem a importância do projetor. Isto acontece por conta de vários conceitos incompreendidos, de especificações técnicas sobrevalorizadas e principalmente pela falta de experiência pessoal com projetores high-end.
Tenho visto muitos sistemas de Home Theater com equipamentos de áudio de excelente qualidade ligados a projetores comerciais, comuns, equipamentos originalmente desenvolvidos para apresentação de negócios, com gráficos e figuras estáticas. Esses equipamentos normalmente possuem uma alta luminosidade, pois foram projetados para apresentações e ilustrações em ambientes com muita luz.
Essas salas de reuniões em nada relembram o que procuramos recriar em nossas casas, qual seja uma sala de projeção de cinema, com pouca ou nenhuma luz onde se busca a imersão no filme e a interação total, entrar naquele mundo virtual e imaginar que é real, que fazemos parte da ação que está se desenvolvendo na tela.
Quando da escolha de um projetor, muitas vezes o consumidor acredita, ou é levado a acreditar, que o importante é a resolução do equipamento, a luminosidade total (quantos ANSI lúmens) e a taxa de contraste especificada. Este último item tem sido excessivamente explorado e fantasiosamente aumentado! Taxas de contraste de até 1.000.000 : 1 são especificados para equipamentos de performance sofrível e artificial, mesmo no próprio desempenho de contraste.
Mais do que a taxa medida, normalmente efetuada com métodos que não se assemelham ao modo como nossa visão natural se comporta, a gradação dos níveis entre o branco total e o máximo preto é que é o fator realmente importante. Mas esse aspecto normalmente não é facilmente medido ou compreendido e comumente completamente ignorado.
Outro ponto muito discutido e desejado, é que o projetor seja “full HD”. Hoje, a definição full HD é de 1980 x 1080 pixels, ou seja, 1980 pontos horizontais por 1080 pontos verticais. A quase totalidade dos projetores produzidos hoje é full HD (também chamado 2K, pois o futuro bem presente já tem máquinas 4K).
Mas isto é realmente importante? Novamente a resposta é um grande NÃO!
A qualidade intrínseca do produto e de todas as tecnologias envolvidas em seu projeto e fabricação são muito mais importantes do que a resolução em si. Vi muitos projetores de um excelente fabricante, mas de resolução “apenas” 1280 x 720, dar “surra” na comparação em projetores concorrentes full HD. Imagens muito mais naturais, líquidas, suaves e envolventes… Vejam, não estou aqui negando ou negligenciando o fator resolução, apenas enfatizando que projetores distintos com resoluções iguais apresentam desempenhos vastamente diferentes devido a outros fatores, normalmente mais importantes do que a resolução do painel de pixels.
Então, como se guiar, como escolher um projetor à altura do seu precioso sistema de som? Simples, faça questão de ver e comparar as diferenças de imagem entre um projetor comum, comercial, e a gerada por um de marca especializada em projetores para home theaters, de uso residencial, com vasta experiência em todas as tecnologias disponíveis e várias opções entre equipamentos DLP, LEDs, Single Chip ou Triple Chip, 2D ou 3D.
Fabricantes especializadas em projetores para Home Theaters, como a italiana SIM2, desenvolveram ao longo da sua história produtos que apresentam imagens uniformes na tela, com cores cheias e vibrantes, sem artifícios digitais, usando lentes de alta qualidade e tecnologias exclusivas para proporcionar a melhor experiência em cinema que se pode ter em casa.
Procure a empresa que ofereça a maior opção de equipamentos em demonstração e você descobrirá facilmente as diferenças. Cores naturais, ausência de grãos e serrilhados na imagem, gradações sutis nos tons de cinzas, “brancos” sem superexposição e “pretos” profundos, a combinação destas qualidades é que lhe trará a sensação de ter um cinema real em casa, e não apenas uma TV grande!
Veja, compare e comprove: a diferença é gigantesca!
Texto: Luis Assib Zattar
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