Automação Residencial: Por que não? – Parte II

PEÇA UM PROJETO!

A primeira é que, como este fator normalmente não é levado em conta no orçamento, tudo o que aparece como extra é considerado “caro”. Como corrigir isto? Peça a seu arquiteto ou engenheiro que inclua a automação no orçamento e no pré-projeto! Com isso, você terá a oportunidade de conversar com integradores, saber dos possíveis benefícios, das opções de mercado e dos valores. Defina, com ajuda do seu arquiteto, o que vai querer e escolha um integrador que tenha entendido suas vontades e necessidades. Feche com este integrador um escopo básico, incluindo serviços.

E peça um projeto! Sem ele, o arquiteto não poderá preparar sua residência para a automação. Mantenha contato periódico com o integrador para que ele acompanhe a obra e faça adaptações às prováveis mudanças que ocorrerão durante a construção. Você verá que a automação é uma das disciplinas que menos fogem dos valores inicialmente orçados, desde que sejam mantidas as funcionalidades iniciais.

O segundo motivo é que, como não é normalmente considerada desde o início do projeto, a automação parece uma “intrusão”, exigindo modificações e adaptações. E isso é verdade! Um projeto de automação que só é levado em conta no final da obra gerará custos adicionais para sua viabilização. Mas estes não se referem aos equipamentos ou serviços, e sim, à preparação da obra para sua instalação. Como evitar isto? Simples! Considere a automação desde o início do projeto!

A terceira razão que confere à automação o status de “cara” é a comparação incompleta com os preços vistos no mercado estrangeiro, o que assusta o cliente. Mas esta comparação é, de certa forma, injusta e incompleta. Há diferenças muito grandes entre os mercados brasileiro e estadunidense que causam esta impressão. Primeiramente, a automação residencial que aparece no mercado dos EUA como “barata e acessível” é uma colcha de retalhos de vários fabricantes, exigindo do morador conhecimentos de elétrica e de computação. Esta mistura de equipamentos e tecnologias tem causado muitas frustrações e insatisfações.

Isto fica patente nos esforços empreendidos por grandes empresas no sentido de tentar padronizar a integração, minimizando dores de cabeça. Depois, se considerarmos a importação formal de produtos do mercado estrangeiro, mesmo como pessoa física, veremos que as taxas e impostos cobrados fazem estes produtos custarem até mais caro do que seus equivalentes no mercado nacional (e sem a facilidade de garantia e suporte locais).

SATISFAÇÃO TOTAL

Conclui-se que, se a automação for considerada no orçamento desde o início do projeto – e se for bem pensada e projetada –, seguramente se manterá dentro do valor esperado e entregará os benefícios almejados.

Fonte: Áudio e Vídeo Design